Nefrostar • Postado em: 11/12/2023

Diálise em casa: saiba se é possível e como funciona

Entenda o que é diálise em casa e para quem é indicado o procedimento.

Se você procura saber se é possível fazer diálise em casa, está no lugar certo! O fator psicológico é um aspecto fundamental durante a terapia dialítica. Tanto a adesão aos procedimentos quanto o próprio sucesso do tratamento dependem diretamente da saúde mental do paciente.

A comodidade para realização de uma terapia renal substitutiva precisa ser levada em conta quando buscamos o tratamento integral do paciente renal. Nesse sentido, a diálise em casa é uma alternativa que busca otimizar a dura jornada de quem luta contra a doença renal crônica (DRC).

Neste artigo você confere como funciona a diálise em casa e quais os tipos de tratamento renal que costumam ser feitos de maneira domiciliar.

Qual a visão da ANS sobre este assunto

Em junho de 2023, a Sociedade Brasileira de Nefrologia pediu a inclusão da diálise peritoneal ambulatorial no rol da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). Caso aprovada, a medida permitirá a liberação dessa modalidade de tratamento aos pacientes da saúde suplementar, ou seja, planos de saúde e seguros de saúde.

Essa é uma busca das clínicas de nefrologia que buscam oferecer um cuidado ainda mais próximo e personalizado aos seus pacientes em tratamento. Para isso, a diálise em casa servirá como uma forma de evitar estresse ao paciente e promover o total conforto e tranquilidade.

Para entender melhor sobre as decisões da ANS quanto ao que entra no rol de atendimento, temos um episódio do nosso podcast Hemodialogos voltado especialmente para esse tema. Assista ao episódio completo:

É seguro fazer diálise em casa?

Sim. A diálise pode ser feita em casa sem prejuízo à segurança, desde que ocorra o devido treinamento do paciente e familiares, além de um constante monitoramento por parte da equipe de saúde. Um dos principais cuidados está relacionado à higiene necessária para mitigar os riscos de infecções.

O tipo de terapia renal substitutiva mais comum de ser realizado de forma domiciliar é a diálise peritoneal.

Neste modelo, um pequeno cateter é implantado próximo ao umbigo do paciente, de forma indolor e por meio de uma cirurgia simples, na maioria das vezes com anestesia local. Através do cateter, uma solução líquida é inserida para realizar a filtragem do sangue e eliminação das toxinas, processo que ocorre dentro do corpo.

A diálise peritoneal ainda pode ser dividida, de modo geral, em outras duas modalidades: diálise peritoneal contínua ambulatorial (DPCA) e diálise peritoneal automatizada (DPA).

Na DPCA, a troca do líquido precisa ser feita manualmente por cerca de três vezes ao longo do dia, além de uma ú

ltima à noite para permanência da solução no corpo do paciente durante o sono.

Já o modo automatizado é feito através de uma máquina portátil, responsável pelas trocas de líquido durante um período de 8 a 10 horas — geralmente feitas, também, enquanto o paciente dorme.

Para que a diálise em casa ocorra da maneira mais segura possível, tanto paciente quanto um familiar próximo recebem treinamento de uma equipe especializada para manusear os equipamentos, além do acompanhamento periódico.

Segundo o Censo de Diálise 2021, realizado pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), 5% dos pacientes renais em diálise no Brasil realizam o procedimento através do método peritoneal.

A diálise peritoneal é um tipo comum de tratamento domiciliar para o paciente renal crônico, mas não é o único. A hemodiafiltração é outro tipo de terapia de substituição renal que também pode ser realizada no conforto do lar do paciente.

Diferença entre hemodiálise (HD) e hemodiafiltração (HDF)

A hemodiafiltração funciona de forma similar à hemodiálise convencional. No entanto, enquanto na HD a filtragem é feita por difusão, na HDF também é realizada a convecção, onde toxinas de tamanho maior também são removidas.

Essa maior eficiência na remoção de partículas indesejadas pelo corpo já foi apontada em estudos científicos como responsável pela redução na mortalidade de pacientes renais.

Além disso, outro grande benefício da hemodiafiltração é a significativa melhora a curto prazo no quadro de efeitos colaterais causados pelo tratamento. Náusea, tontura, dor de cabeça e intercorrências entre sessões são menos comuns em pacientes tratados com a HDF.

Como funciona a HDF domiciliar

A viabilidade do tratamento com diálise em casa depende das especificidades de cada caso mas, assim como a diálise peritoneal, a HDF também pode ser feita em casa de forma segura, orientada e assistida.

No caso das clínicas da Nefrostar, o paciente que deseja optar pela modalidade, e cujo quadro clínico atende aos requisitos administrativos, pode agendar uma visita da equipe técnica para avaliar como alocar os equipamentos na sua residência.

Após a instalação, o tratamento passará a ser realizado na casa do paciente, e as sessões acompanhadas pelos profissionais de saúde da clínica e familiares que receberem o devido treinamento.

Para quem a diálise em casa é recomendada?

Uma das principais vantagens da diálise em casa, seja através do método peritoneal ou da hemodiafiltração (HDF), é o conforto proporcionado ao paciente renal crônico. O fator deslocamento deixa de ser uma preocupação a mais na rotina desse paciente.

Além disso, o tratamento domiciliar proporciona ao indivíduo maior liberdade para trabalhar, passar tempo com a família e até viajar.

Como já vimos, a viabilidade e indicação da diálise em casa depende de cada quadro clínico, que deve ser avaliado pelo nefrologista e demais profissionais de saúde. Porém, de modo geral, ela é uma alternativa recomendada especialmente para pacientes com mobilidade reduzida ou algum tipo de necessidade especial.

Diálise em casa com a Nefrostar

As clínicas da Nefrostar operam sob um conceito de atendimento premium e foco completo no paciente. Propiciar a chance de dialisar em casa, no conforto do lar, é mais uma medida que vai ao encontro de uma cultura de cuidado integral.

Acreditamos em um tratamento multidisciplinar e individualizado, que vai além da diálise e do tratamento de doenças e busca devolver a qualidade de vida para o paciente renal.

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