Como anda sua caderneta de vacinação?

Nefrostar • Postado em: 04/04/2024

Como anda sua caderneta de vacinação?

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A história das vacinas remonta ao final do século XVIII, quando o médico britânico Edward Jenner desenvolveu a primeira vacina conhecida, em 1796. Jenner relatou que as pessoas exibiam a varíola bovina, uma doença que afetava o gado, não contraíram a varíola humana, uma doença muito mais grave e mortal.

Com base nessa observação, Jenner realizou um experimento pioneiro: ele inoculou uma criança com material de varíola bovina e, posteriormente, expôs a criança à varíola humana. Surpreendentemente, a criança não desenvolveu a doença.

Esse experimento levou à criação da vacina contra a varíola, uma das primeiras vacinas bem-sucedidas da história da medicina. A vacinação contra a varíola foi um marco crucial na história da saúde pública, levando à erradicação global da doença em 1980, após um esforço massivo de vacinação em todo o mundo.

O plano de vacinação no Brasil

A vacinação em massa no Brasil teve início no século XX, com a introdução de campanhas nacionais de imunização contra doenças como a varíola e a poliomielite.

Um marco significativo foi a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) em 1973, pelo Ministério da Saúde, que instituiu estratégias de vacinação em larga escala em todo o país.

Desde então, o Brasil tem realizado campanhas regulares de vacinação para diversas doenças, promovendo a erradicação, controle e prevenção de epidemias.

Nos últimos 50 anos, o panorama de vacinação no Brasil tem sido marcado por avanços recentes. O PNI conseguiu controlar e até mesmo erradicar várias doenças imunopreveníveis, como a poliomielite, sarampo, rubéola e rubéola congênita.

Além disso, novas vacinas foram incorporadas ao calendário nacional de imunização, ampliando a proteção da população contra uma variedade de doenças infecciosas.

O Ministério da Saúde tem desempenhado um papel fundamental na coordenação e implementação das políticas de vacinação, garantindo o acesso equitativo às vacinas em todo o território nacional.

As campanhas de vacinação são realizadas regularmente em diferentes faixas etárias e grupos populacionais, visando altas coberturas vacinais e garantindo a proteção coletiva contra doenças evitáveis ​​por imunização.

Esses esforços contribuíram para a redução da morbimortalidade por doenças infecciosas e para a melhoria da saúde pública no Brasil. Mas durante a vida adulta, as pessoas simplesmente deixam de se vacinar.

Por que os adultos não estão se vacinando?

Apesar da eficácia comprovada das vacinas na prevenção de doenças, muitos adultos negligenciam a atualização de suas carteiras de vacinação. Essa falta de atenção à imunização pode resultar em consequências graves para a saúde individual e para a comunidade em geral.

Estudos mostram que uma parcela significativa da população adulta não está devidamente protegida contra várias doenças preveníveis por vacinação, como gripe, hepatite, pneumonia e difteria, entre outras.

A não atualização das vacinas em adultos pode levar ao ressurgimento de doenças que já estavam controladas ou erradicadas, aumentando o risco de surtos e epidemias. Além disso, indivíduos não vacinados estão mais suscetíveis a complicações graves dessas enfermidades, que podem resultar em hospitalizações, incapacidades permanentes e até mesmo óbito.

A falta de imunização adequada também representa um ônus significativo para o sistema de saúde, aumentando os custos com tratamentos médicos e impactando negativamente a qualidade dos serviços prestados.

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Quais vacinas os adultos precisam tomar anualmente

  • Vacina contra a gripe (influenza): protege contra os diferentes tipos de vírus da gripe, diminuindo o risco de contrair a doença e suas complicações, como pneumonia e hospitalização.
  • Vacina contra hepatite B: previne a infecção pelo vírus da hepatite B, que pode causar danos ao fígado, como cirrose e câncer hepático.
  • Vacina contra o tétano e a difteria (dT): oferece imunidade contra o tétano, uma infecção bacteriana que pode ocorrer através de lesões, e a difteria, uma doença respiratória grave.
  • Vacina contra coqueluche (dTpa): protege contra a coqueluche, uma infecção bacteriana altamente contagiosa que pode ser grave, especialmente em bebês não vacinados.
  • Vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral): previne essas três doenças virais altamente contagiosas, que podem causar complicações graves, como pneumonia, encefalite e aborto em mulheres grávidas.
  • Vacina contra varicela (catapora): evita a infecção pelo vírus da varicela, que causa uma doença caracterizada por erupções manifestas, febre e mal-estar geral.
  • Vacina contra pneumonia pneumocócica: protege contra infecções causadas pela bactéria Streptococcus pneumoniae, que pode levar a pneumonia, meningite e outras doenças graves.
  • Vacina contra HPV (papilomavírus humano): reduz o risco de infecção pelo HPV, que pode causar verrugas genitais e vários tipos de câncer, incluindo câncer cervical, vulvar, vaginal, peniano, anal e orofaríngeo.

A vacinação em pacientes renais crônicos

Para os pacientes renais, a vacinação é essencial para proteger as infecções que podem ser especialmente perigosas devido à sua condição de saúde comprometida.

Devido ao funcionamento comprometido do sistema imunológico, esses pacientes são mais suscetíveis a infecções graves, como gripe, pneumonia e infecções bacterianas. A vacinação ajuda a fortalecer a imunidade desses pacientes, reduzindo o risco de complicações relacionadas a doenças infecciosas.

Além disso, a vacinação também desempenha um papel crucial na prevenção de complicações associadas à doença renal, como a piora da função renal devido a infecções. Vacinas contra doenças como gripe e pneumonia podem prevenir infecções respiratórias que podem desencadear complicações em pacientes renais.

Portanto, garantir que os pacientes renais estejam em dia com seu calendário de vacinação é fundamental para proteger sua saúde e reduzir o risco de complicações graves.

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Existem contraindicações?

Podem haver contraindicações em alguns casos de pacientes renais, por isso é ESSENCIAL que o paciente e seus familiares busquem informações com o Nefrologista acerca das vacinas que podem ser administradas.

Vacina da Febre Amarela: em alguns casos, pacientes renais podem ter contraindicação para a vacina da febre amarela devido ao risco de eventos adversos, especialmente se estiverem em estágios avançados da doença ou se tiverem um sistema imunológico comprometido.

pacientes renais que estão recebendo tratamento imunossupressor, comumente prescrito após transplante renal, podem ter contraindicação para a vacina contra o herpes zoster devido ao risco de complicações relacionadas à vacinação.

em geral, pacientes renais em diálise ou com função renal comprometida devem evitar vacinas vivas atenuadas, como a febre amarela mencionada anteriormente, devido ao risco teórico de complicações decorrentes da replicação do vírus vacinal em um sistema imunológico enfraquecido.

É importante que os pacientes renais consultem seus nefrologistas ou médicos responsáveis ​​pelo seu tratamento antes de receberem qualquer vacina, para garantir que não haja contraindicações específicas relacionadas à sua condição de saúde e ao tratamento que estão recebendo.

Portanto, é crucial conscientizar os adultos, em especial os adultos que são pacientes renais, sobre a importância de manter suas vacinas em dia, não apenas para proteger sua própria saúde, mas também para contribuir para a segurança e a saúde de toda a comunidade.

Com a disponibilidade de vacinas seguras e eficazes, é essencial que os adultos se comprometam a tomar as medidas necessárias para garantir sua imunização adequada, consultando regularmente seus médicos e atualizando suas carteiras de vacinação conforme recomendado pelas autoridades de saúde.

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